Lágrima de sangue metafísica
Dizes-me do pedregulho
o que dizes
do lavradio humano,
da preponderância de ungüento castigo
e da cruenta tumidez em pessoa:
ceifando grilados céus
– és!
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Como as dos deuses mofados,
as orações perdidas ardem em fogo;
elas sopesam
a progênie coagulada.
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Seus palavrões
impelidos aos tímidos poetas
instruem que aqui cabe
como acaso despido:
congeminar o vácuo
e o logro do precipício.
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Oh, estranha flor!
Dar-te-ei meu tesão, a agonia do poeta
(untuoso e nu):
o sopro dos mais dóceis
elementos que a lâmina penetrada precisa.
Tal como a palavra
em náusea nostálgica
inseminarei o poema
o quanto possa.
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Distinguir
o sobrecéu dos Cedros Purpurados
como se fosse a fechadura das mãos enforcadas
— essa lágrima de sangue metafísica
de irisados reflexos —
ser-vos-ia como um pranto ao homem...
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Ah! É tão argucioso quanto o vôo
saber como abrigar
o desuso da bainha
onde frascos de espadas
e dores: se dão!
© Benny Franklin
Fotografia: Peter Andrews
Grande Benny !!
Inseminando a poesia !
Gerando arte !
Meu abraço e minha admiração !
Desculpe a invasão.
Mas você coloca beleza onde não caberia esse nome, coloca nobreza onde seria um movimento para ou do caos.
Não sei expressar-me, mas parabéns.
Sintetizou aqui a história de pessoa, de vida, de mundo, de humanidade.
Sintetizou com genialidade na beleza e forma de tratar o assunto que, através de seu estilo, pode ser um assunto ou todos os assuntos.
'inseminarei o poema
o quanto possa.'
assim é, assim será Benny Franklin
Parabéns pelo belíssimo blog. Tão arte quanto às poesias que dissemina.
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