Arames Farpados
(Para Liz Franklin)
Morro mais de mim que
morro deles.
Dispostos a uma lágrima
de tênue alicate
os arames farpados
(pétalas escamadas
que saqueiam estômagos desditos)
criam o suplício
que preciso desobrigar-me,
criam o oceano
que a palavra não vê.
Vem as enxurradas
elásticas, escolásticas
estilísticas e
carregam
o vazio.
Mas
onde foi parar
a poesia marginal de “Nikolaus Von Behr”
e seu iogurte com farinha?
O poeta
resignado recolhe a lama
e se suborna maldizendo
as rugas
da lavra sem organismo.
Sem ruptura
rege o frenesi
sem paradoxo nem logro
e não aflige o diamante,
sofre...
Punge até caber:
estigma
incorruptível
faz do poema
combustão.
Gostei muito do poema, Benny , sobretudo pelas metáforas tão bem casadas com a alma dos versos e que cumprem sua missão de nos levar à viagem proposta. Estou entrando no mundo dos BLOGS - meio bagual e grosso como se diz aqui no meu sul - mas entendendo aos poucos o sistema ... Um pouco descontente com tudo que vem acontecendo nos sites literários, vou para esse caminho. Apareça no meu BLOG e deixe algum trabalho publicado lá também. Forte abraço.
Querido Benny,
Vim te convidar a visitar meu outro blog http://emaranhadorufiniano.blogspot.com e postar lá seus valorosíssimos comentários.
Grande abraço poético, meu amigo.