Aos Vermes!



Galo-vos aqui
meus sêmens-versos redivivos.
- Marginalizar o lusco-fusco verbal,
é tudo que a (má)temática dos intelectuais (?)
não me excita...

Ai... Afasto-me dos poemas incertos
e do predomínio das estéticas
imbecis.

(Poemas desprovidos de artilharias
então servem-nos para quê?)

Exponho-vos aqui sentimentos
e não corpos de palavras loucas fritas.
Endêmicos Cânticos.
Jamais reminiscências terroristas
do Bader-Meinhoff.

Genuflexão dos poetas?
- Não.
Retretas, pois fedem em cacho...
Hálitos-pós que são próprios
dos trôpegos indecorosos...

Ai... Comparo seus mínimos
com os (com)vencidos de cara.
Homúnculos em bando
morrendo gole a gole,
a cada cuspe impiedoso.

Nada aos vermes.
Acho-os metálicos demais.
Estômagos retorcidos.
Cambada de vazios.
Vômitos que contaminam o varal.

Crédito da Fotografia
Insanity/Flickr/Creative Commons

© Benny Franklin
Santa Maria de Belém do Grão Pará

9 Response to "Aos Vermes!"

  1. IVANCEZAR says:

    Mais uma vez tenho a honra de postar o primeiro comentário.
    E digo - HONRA - porque assim é que sinto
    E me situo
    O poeta, tal o homem educado pela sua própria consciência ( aquela que instiga para além do símbolo literal do vocábulo ) - assume seu papel na construção do edifício inefável
    Da obra inconclusa
    Sim - degusto a honra - sou teu amigo, teu parceiro e admirador de plantão !
    Um abraço !

    Ave, Poeta!
    Aí um poema na temática do teu.
    Um abraço.

    POEMA PITIÚ

    Se o meu poema não ranger os dentes
    nem te mostrar as garras de que vale?

    De que vale um poema ensaboado
    cheirando a talco e à água de colônia?

    De que vale um poema não-me-toques
    metido a besta e nariz empinado?

    Poema tem que ser faca de ponta
    zagaia porantim ferrão de arraia!

    Poema pitiú com escama e lodo
    armado de esporões e girassóis.

    Anônimo says:

    seu trabalho é muito bom amigo da escrita, um grande abraço e uma ótima semana.

    b says:

    Ah...só desfrutei - comentar seria como profanar.
    O profanável nem sempre o é , não é?

    soprei

    versos
    sem alma

    que andam
    por aí

    feito zumbis

    até

    que o corpo
    se desfaça

    ou a vida
    retorne

    Tua poesia me comove. Um beijo, Benny!

    Belo poema meu caro Benny. Vc é o supra sumo da poesia da amazônia.No meu acroatico.blogspot.com estou te oferendo um poema.Vá e confira.

    Lila Boni says:

    Simplesmente um espetáculo!!!
    Mil beijos !!!!

    Nada quem vomita nada
    Cospe no vazio pretumes versos
    da própria alma
    sem versículos
    sem amago
    o Deus.


    Parabens Amigo

    (sempre pasma com sua habilidade e coração)

    Cíntia Thomé

    imoveis a venda

BENNY FRANKLIN

Poesias Verdes Fritas

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